sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Criminalidade da Rocinha fatura mais com práticas milicianas do que com a venda de drogas

Criminalidade da favela da Rocinha fatura mais do que com a venda de drogas.

Parece que o tráfico na cidade do Rio de Janeiro descobriu uma outra forma de ganhar bastante dinheiro e não quer largar o osso. Pois trata-se de práticas milicianas, onde hoje em dia tais tipos de crimes, como Tráfico e Milícia em alguns lugares da cidade já andam juntos. E mais recentemente a Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que a criminalidade da favela da Rocinha fatura em média 12 milhões de reais por mês, dos quais apenas 3 milhões é com a venda de drogas. O restante é resultado de práticas milicianas na favela, como a cobrança de taxa de mototaxistas, motoristas de vans, que são em grande quantidade na favela, já que a Rocinha é grande e por ser um morro, as pessoas utilizam muito os serviços de mototaxi na favela, quando por exemplo chegam do trabalho e tem que subir o morro. Além disso a criminalidade da Rocinha também ganha dinheiro com o famoso "gatonet" que é um serviço clandestino de distribuição de internet e TV a cabo na favela, e que é controlado pelos criminosos que atuam na favela, além também de outras práticas relacionadas a cobranças de taxas. Resumidamente a favela da Rocinha virou um "Estado paralelo".

Milícia e Tráfico, como começaram?

A princípio, tanto o Tráfico, quanto a Milícia, praticamente começaram no Rio de Janeiro nos anos 70, e inicialmente as duas modalidades de crimes eram bem separadas uma das outras, ficando assim até a década de 2010. E além disso o Tráfico durante a maior parte desse tempo ocupava mais favelas na cidade, enquanto que a Milícia começava a ganhar peso nos anos 2000, só que de forma bem tímida, até que já na década de 2010, principalmente em meados de 2017, 2018 a Milícia já controlava mais territórios do que o Tráfico na cidade.

Até que também aos pouco o Tráfico e a Milícia foram se misturando ou se associando, e um caso emblemático aconteceu no famoso Morro do Dendê, onde o tráfico de drogas nessa favela era controlada pelo então traficante Fernandinho Guarabu, que em um dado momento se associou a outro criminoso conhecido como Batoré, que implementou práticas milicianas na favela, cobrando taxas de motoristas de vans, gatonet, entre outras práticas além da venda de drogas, fazendo com que a criminalidade do Morro do Dendê lucrasse muito dinheiro. Fernandinho Guarabu e Batoré foram mortos em 2019 durante um confronto com a polícia, mas o controle do tráfico no Morro do Dendê ainda continua nas mãos da organização criminosa TCP {Terceiro Comando Puro}, organização essa que Fernandinho Guarabu era membro.

Então, aos poucos parece que o Tráfico está adotando práticas milicianas em seus domínios, e no fim das contas quem sofre com tudo isso é o povo que não tem nada a ver com toda essa criminalidade.

E além disso a polícia divulgou também informações de que o tráfico na favela da Rocinha estaria também ganhando dinheiro com hospedagens de traficantes de outros estados que estariam fugindo da polícia em seus estados e por isso buscam abrigos na favela da Rocinha, onde eles tem que desembolsar milhares de reais para se esconderem lá, fazendo com que a criminalidade da Rocinha fature até mais de 100 mil reais com essa atividade. 

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