O dia de hoje não é um dia especial no que se diz respeito ao assunto que irei abordar aqui, pois o assunto que irei abordar aqui aconteceu em 22 de dezembro, mas precisamente no ano de 1989, as vésperas do Natal. E trata-se da transição violenta da ditadura para a democracia na Romênia. E se vocês acham que a transição da ditadura no Brasil para a democracia foi meio que uma "confusão", é porque vocês não viram o que aconteceu na Romênia quatro anos após o Brasil.
Numa ditadura comunista desde 1947, a Romênia passava em fins dos anos 1980 por uma crise, seja ela política, econômica e até mesmo na saúde, onde casos de HIV aumentavam no país, e a primeira dama de então, Elena Ceausescu, dizia que essa doença era "coisa do Ocidente capitalista".
Como disse antes, o país estava numa ditadura comunista desde 1947, e tudo começou quando logo após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 havia começado a Guerra Fria, uma guerra ideológica entre os mundos capitalistas e comunistas. Duas superpotências emergiram poderosas após o fim da Segunda Guerra: Os Estados Unidos, capitalista e liderava o mundo capitalista, e a União Soviética, comunista e liderava o mundo comunista.
E como tudo no meio comunista é na base do tiro porrada e bomba {pelo menos naquela época, porque hoje em dia é na base da manipulação, mentira e guerra ideológica}, a União Soviética meteu a pesada nas portas do então Reino da Romênia e arrastou o pobre reino para o mundo comunista, onde ele foi batizado com a roupagem comunista e ganhou até um novo nome: República Socialista da Romênia, e tudo isso em 1947.A partir daí a Romênia passou a ser uma das nações do mundo comunista e anos depois em 1965 um novo líder chegava a liderança do país: Nicolau Ceausescu, um ativista político da causa comunista desde os tempos de juventude e que nesta época estava com 47 anos de idade {chegou ao poder até que novo, comparado a muitos chefes de estado, e até mesmo os chefes de estado de hoje em dia}.
Durante o governo de Nicolau Ceausescu, a Romênia seguiu os ditames do mundo comunista, seu presidente chegou a fazer viagens internacionais, até mesmo na África. Mas os anos 1980 as coisas começaram a ir mal no mundo comunista. Pois no fim daquela década os países comunistas incluindo a União Soviética estavam em crise econômica, e só na União Soviética tinha enormes filas para o povo comprar alimentos. Tal situação começou a desencadear um descontentamento popular muito grande, e o estopim foi a queda do muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.
Até que em fins de dezembro do mesmo ano, o povo romeno começou a ir para as ruas protestarem e as protestos foram aumentando cada vez mais. O ditador Nicolae Ceausescu até tentou mostrar quem é que manda, mas não teve jeito... O povo enfureceu e em dado momento ao que eu entendi o próprio exército do país se voltou contra o ditador, e o ditador junto com sua esposa tentou fugir, mas foram capturados e em um rápido julgamento, e que foi filmado inclusive, o ditador e sua esposa foram condenados a execução. Logo em seguida os dois foram executados e a execução também foi filmada. Muita gente no país comemorou, e tudo aconteceu em 22 de dezembro de 1989, um mês e meio após a queda do muro de Berlim.
E assim como em outros países do mundo comunista, a Romênia voltou a ser capitalista e voltou a ser um país democrático. O país continua sendo uma república e nesse aspecto as únicas mudanças foram a retirada do nome "República Socialista" do nome oficial do país, permanecendo apenas "Romênia" e a retirada do brasão comunista do centro de sua bandeira. Hoje o país é um país pacato do leste europeu e é muito conhecido por conta da região da Transilvânia, onde se localiza o castelo do lendário Conde Drácula, que realmente existiu na vida real, mas bem diferente do personagem criado por Bram Stoker em 1897.
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