domingo, 4 de dezembro de 2022

Quem foi? Nair de Tefé

Quem foi Nair de Tefé?

Eu sempre gostei de desenhar, e fazer várias outras coisas relacionadas a cultura de um modo geral, como escrever, artesanato e etc. E uma das minhas primeiras manifestações de interessem em cultura foi através de desenhos, ou seja, eu comecei a gostar de desenhar ainda muito pequeno, como quase toda criança.

E como o tempo passa, a gente cresce, procura adquirir conhecimento a gente conhece muita coisa relacionadas assuntos que a gente gosta. Mas como eu também gosto de política, por incrível que pareça eu conheci a história de Nair de Tefé não por causa de seus desenhos, e sim através da política. Pois estava lendo sobre seu marido, o presidente Hermes da Fonseca, que foi presidente do Brasil entre 1910 a 1914, e acabei conhecendo sua história, e foi aí que descobri que ela era desenhista, ou melhor... Cartunista, pois sempre achei legal pessoas que sabem desenhar bem.

E o que me chamou a atenção foi que existia várias curiosidades sobre ela, e até mesmo seu cargo de primeira dama, pois até hoje ela é considerada a primeira dama que mais viveu e também ficou mais tempo sendo "ex primeira dama", pois o mandato do seu marido terminou em 1914 e ela faleceu em 1981, sendo ao todo 67 anos como ex primeira dama.

Sua história

Nair de Tefé von Honholtz nasceu em Petrópolis, interior do Rio de Janeiro ainda no período imperial, em 10 de junho de 1886. Ela era filha de um barão e neta de um conde e ainda muito jovem foi viver na França. Chegando ao Brasil em 1906 aos 20 anos de idade, ela que já desenhava, começou a praticar mais os desenhos e fazer caricaturas. Seu pai a apoiava e em pouco tempo ela já fazia cartuns para veículos de comunicações como a Revista Fon Fon, Revista Careta, entre outra revistas e também outros jornais. Ela assinava seus desenhos com o nome de "Rian" que era seu nome de trás para frente e também um trocadilho com a palavra francesa "Rien" que significa "Nada". Ouvi dizer que ela assinava com esse nome porque ela era mulher e esse tipo de trabalho era mais realizado por homens, mas com o passar do tempo ela não deu mais bola e continuou fazendo caricaturas e desenhos, sendo inclusive a primeira mulher cartunista do mundo, o que já é uma curiosidade interessante sobre ela.

Dona Nair de Tefé se casa com o presidente Hermes da Fonseca.

Em 1913 ela se casou com o presidente Hermes da Fonseca que era viúvo e ela se tornou primeira dama do Brasil. Ela era apaixonada por música popular brasileira e fiquei sabendo que ela tocava violão, o que era um escândalo na época para pessoas da elite, além também de ela promover músicas populares no Palácio do Catete, que era a sede da Presidência da República na época, o que também causou escândalos e ela foi duramente criticada pelo famoso Rui Barbosa. E ela fez depois uma caricatura de Rui Barbosa que foi publicada pelos jornais e revistas da época.

Ela também era cantora, atriz e depois se tornou empresária. E ainda nesta época no início do século ela trabalhou com arte para arrecadar dinheiro e construir a igreja matriz do Rio de Janeiro. Em 1923 seu marido faleceu e ela ficou viúva e nunca mais se casou.

Em 1932 ela se tornou empresária montou um cinema no Rio de Janeiro chamado Cine Rian, que ficou muito famoso na cidade por décadas até o fim dos anos 70. Porém em 1983 logo após a sua morte o cinema parou de funcionar e foi demolido e se não me engano no local está um hotel.

Na década de 1930 seus pais também faleceram e não sei se ela era filha única, mas ela se não me engano ela voltou a morar em Petrópolis e mesmo já idosa ela ainda desenhava, fazendo caricaturas de várias personalidades como Juscelino Kubitschek, Fidel Castro, Jânio Quadros, entre outros. 

Dona Nair de Tefé já idosa na década de 1970.

Com relação a sua vida pessoal o que eu fiquei sabendo é que na década de 1950 ela morava com três filhos adotivos, pois ela não teve filhos biológicos. Na década de 1970 ela foi homenageada em virtude das comemorações do dia internacional da mulher e provavelmente devido a sua trajetória que chamou muita atenção. Ela veio a falecer no dia do seu aniversário, em 10 de junho de 1981, aos 95 anos de idade, sendo até hoje a primeira dama brasileira que mais viveu, a primeira cartunista mulher do mundo, a primeira dama a usar calças {Tudo bem que isso não tem muita relevância o fato de ela usar calça, mas naquela época até uma mulher comum usar calças era um escândalo} a primeira dama que mais tempo ficou como ex primeira dama e também devido ao fato de estar na frente do seu tempo.

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