Mercado público antigo de Itajaí.A cidade de Itajaí é uma das mais importantes de Santa Catarina, sendo hoje a maior economia do estado, Itajaí se destaca em várias áreas e a muito tempo é uma das principais cidades de Santa Catarina, e de certa maneira até mesmo uma das primeiras cidades do estado, visto que em 1820, Santa Catarina tinha apenas 4 municípios e Itajaí foi fundada em como município em 1860, mas sua história como um povoado organizado começa em 1824, até que se torna um distrito de Porto Belo em 1833, e a partir daí foi um passo para se transformar em município em 1860, visto que segundo as leis brasileiras para um povoado ou bairro se transformar em município ele deve primeiro se tornar um distrito.
Os primórdios
A princípio a região onde fica Itajaí começou a ser desbravada em 1658, quando o bandeirante Paulista, João Dias de Arzão veio até a região em busca de ouro, porém ele não encontrou ouro e foi embora, mas acabou por influenciar a vinda de algumas pessoas para morar aqui na região, tanto que onde hoje se localiza o bairro Barra do Rio foi construída tempos depois da vinda de João Dias de Arzão uma fazenda.
Por fim quase cem anos depois, em 1750, portugueses e açorianos que residiam em Florianópolis fugiram de lá devido a invasão espanhola a Florianópolis, que na época se chamava Nossa Senhora do Desterro. Pois naquela época a Espanha ainda era detentora das terras onde hoje é Uruguai e Argentina, que fazem fronteiras com o Brasil, e como Portugal era detentor das terras brasileiras, de vez em quando ocorriam disputa de terras entre Espanha e Portugal, e nesse caso os espanhóis tentaram tomar as terras brasileiras localizadas em Florianópolis, e devido a isso colonos portugueses e açorianos se refugiaram onde tempos mais tarde surgiria Itajaí.
Em 1777 foi feito um tratado de paz entre Espanha e Portugal, os espanhóis se retiraram de Florianópolis e a coroa portuguesa incentivou a colonização de Florianópolis e também da região de Itajaí com colonos portugueses, açorianos e outros brasileiros para evitar a colonização espanhola futuramente. Até que em 1820 o rei de Portugal Dom João VI encarregou o diplomata carioca Antônio Menezes Vasconcelos Drummond para fundar uma colônia em Itajaí, Antônio então se estabeleceu onde hoje é o bairro Itaipava, e aos poucos o povoado que ainda nem tinha nome e foi crescendo.
A formação
Até que em 1823 vem para o pequeno povoado o cara que mudaria de vez o rumo do povoado e faria nascer ali a cidade de Itajaí: É o comerciante português vindo de Florianópolis, chamado Agostinho Alves Ramos. Agostinho Alves Ramos chega a Itajaí em 1823 e logo em seguida uma das primeiras coisas que ele faz é construir uma capela que deu origem a Igreja da Imaculada Conceição, aquela igrejinha amarelinha e bem antiga que fica em frente ao Píer Turístico de Itajaí, e também em frente a pracinha que é o marco zero da cidade.
Logo após construir a capela, Agostinho solicita ao bispo do Rio de Janeiro (Na época o Rio de Janeiro era a capital do Brasil) a criação de um curato (Curato é um território religioso equivalente aos dias de hoje a uma "Diocese") e então em 1824 é criado o Curato do Santíssimo Sacramento de Itajaí, que deu origem a atual Paróquia do Santíssimo Sacramento de Itajaí. E então aos poucos o povoado vai crescendo e logo em seguida o povoado passa a ser elevado a categoria de "Freguesia" e passa a se chamar "Freguesia do Santíssimo Sacramento de Itajaí" (Freguesia é como eram chamados os bairros antigamente), e nessa época Itajaí ainda era uma freguesia do município de São Francisco do Sul, pois vale lembrar que naquela época devido a pouca urbanização, boa parte dos municípios do Brasil tinham um território enorme, e as terras de São Francisco do Sul se estendiam até aqui em Itajaí.
Até que em 1832 é criado o município de Porto Belo, desmembrado de São Francisco do Sul, e Itajaí passa a fazer parte de Porto Belo, e no ano seguinte, em 12 de agosto de 1833 a então freguesia do Santíssimo Sacramento de Itajaí é elevada a categoria de "Distrito" e passa a se chamar Distrito do Santíssimo Sacramento de Itajaí, e continua fazendo parte de Porto Belo. Alguns anos depois em 1838 é feito um censo em Itajaí, e o então distrito tinha alguns milhares de habitantes, algo em torno de 4 a 5 mil habitantes, e todas as casas do distrito eram de pau a pique, exceto a casa de Agostinho Alves Ramos, que era a única de alvenaria. Além disso uma tempestade derrubou a capela da cidade, que era de madeira, e em 1840 é construída em seu lugar a Igreja da Imaculada Conceição, que é a famosa igrejinha amarelinha que é atualmente inclusive o imóvel mais antigo de Itajaí, sendo praticamente o único imóvel do século XIX na cidade.
A emancipação
Em 1850 chegam os primeiros imigrantes alemães em Santa Catarina, e eles se estabelecem no interior do Vale do Itajaí, onde fundam a Colônia de Blumenau no mesmo ano, e a partir daí a região começa também a ter um bom desenvolvimento e com o crescimento da população em 1859 a Assembleia da então província de Santa Catarina autoriza a criação do Município de Itajaí, que é instalado oficialmente em 15 de junho de 1860, sendo desmembrado de Porto Belo e herdando um enorme território de 15 mil km2 incluindo a então Colônia de Blumenau (Sim, Blumenau já foi território itajaiense).
Nas décadas seguintes devido a expansão da urbanização, chegada também de imigrantes e também aumento da população, o Itajaí é desmembrada e em 1880 perde Blumenau, depois em 1881 perde Brusque, depois em 1884 perde Camboriú, só vindo a sofrer novamente uma perda territorial em 1958, quando perde Penha, Luís Alves e Ilhota, e por último Navegantes em 1962.
Economia ao longo dos tempos
Entre o fim do século XIX e até a metade do século XX, a economia de Itajaí foi em grande parte o comércio de madeiras, e o porto da cidade começou sua história ainda no fim do século XIX, mas foi mesmo em 1938 com a construção de alguns cais que o porto começa de fato a se destacar e a crescer cada vez mais.
Já na década de 70 é uma época em que Itajaí começa a ter uma variedade de atividades econômicas, pois grande parte da economia da cidade era o comércio de madeiras, que foi até os anos 60, e nos anos 70 a economia da cidade começa a se voltar principalmente para o comércio e indústria e em menor escala o turismo. Com relação a indústria, Itajaí é bem forte nessa área, com muitas empresas industriais instaladas na cidade e várias delas somente do ramo de pescados. O comércio também é forte na cidade, e começou a se fortalecer na década de 70. Já o turismo começou mesmo a se fortalecer em Itajaí nos anos 90, com grande destaque para a Marejada que surgiu nos anos 80, além também das belas praias de Itajaí e alguns cartões postais da cidade, como o Bico do Papagaio, a Igreja do Santíssimo Sacramento, popularmente conhecida na cidade como "Igreja Matriz" e o Museu Histórico da cidade.
Infra estrutura e qualidade de vida
Nos anos 2000, Itajaí passou por uma grande mudança em sua infra estrutura, onde muitas ruas antes não asfaltadas passaram a ser asfaltadas, muitas ruas foram também revitalizadas, praças foram construídas, a cidade também passou por um processo de arborização, entre várias outras melhorias que a cidade passou durante os anos 2000, principalmente após a década de 2010. E se de um lado nos anos 70, a cidade passou a ter uma economia punjante com destaque para o comércio e indústria, nos anos 90 a cidade começa a se destacar no turismo, nos anos 2000 a cidade ganhou o toque que faltava: Uma boa infra estrutura.
Itajaí hoje em dia tem uma população de 291 mil habitantes (2022), uma área territorial de 281 km2, uma área urbana de 55 km2 (O restante de áreas florestais e rurais), tem 33 bairros, dos quais 14 bairros ficam na área urbana, e os bairros mais populosos é o Cordeiros, São Vicente e Cidade Nova (O famoso Promorar). Os rios da cidade é o Rio Itajaí Açú, Rio Itajaí Mirim e Ribeirão da Caetana.
Hoje Itajaí é uma cidade com várias qualidades, como: Economia forte, Infraestrutura, desenvolvimento, um povo trabalhador, entre outras qualidades. A cidade que tem atualmente quase 300 mil habitantes possui uma ótima qualidade de vida e se destaca como uma das melhores cidades de médio porte do Brasil.
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