Uma cena da Revolução de 1930, onde aparece a bandeira do estado de São Paulo. E você sabia que o estado de São Paulo se revoltou contra a ditadura de Getúlio Vargas? O que culminou numa pequena guerra civil conhecida como "Revolução Constitucionalista", ocorrida em 1932.
No mundo da geopolítica existem diversas formas de se organizar um país, e dentre elas está o Federalismo e o Centralismo. O Federalismo é quando em um país as suas unidades administrativas {Estados ou províncias} são mais autônomas, enquanto que no Centralismo as unidades administrativas de um país são mais subordinadas a um poder central.
No Brasil a princípio os estados faziam parte de um sistema centralizado, ou seja... Durante a monarquia, o Brasil era um Estado Unitário, onde suas unidades administrativas {Estados}, que até então eram chamadas de "Províncias} eram mais subordinadas ao poder central.
Porém com a Proclamação da República, em 1889 e com a promulgação da constituição republicana de 1891, as províncias passaram a serem chamadas de "Estados" e passaram a terem mais autonomias, onde poderiam fazer bastante coisas sem dar muitas explicações ao poder central. Inclusive os governadores dos estados brasileiros eram também chamados de "Presidentes".
Mas isso mudou quando aconteceu a Revolução de 1930, e Getúlio Vargas chega ao poder e mudou tudo. Com isso os estados perderam autonomia e passaram a serem mais subordinados ao poder central, inclusive a partir de 1938, os estados e municípios perderam até mesmo o direito de terem bandeiras e brasões de armas. Mas com o fim da ditadura de Getúlio Vargas em 1945, as coisas quase que voltaram ao normal, pois as únicas coisas de normal que voltaram é que os estados e municípios voltaram a terem suas bandeiras e brasões de armas, porém continuaram sem a mesma autonomia que tinham antes de 1930, e isso até hoje, e inclusive a partir de 1954 os governadores, que durante o governo de Getúlio Vargas eram chamados de "Interventores Federais" e antes disso de "Presidentes", passaram a serem chamados de "Governadores", nomenclatura que permanece até os dias atuais, e que talvez foi adotada como uma forma de reduzir mais ainda de forma simbólica a autonomia dos estados.
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