A independência do Brasil tem muitos personagens históricos, como Dom Pedro I, Dona Leopoldina, José Bonifácio de Andrada e Silva, entre vários outros. Mas teve alguns outros que se destacaram também e teve seu papel neste momento tão histórico do Brasil, como Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica. E iremos contar um pouco sobre Joana Angélica, já que hoje completam-se 201 anos de seu falecimento em virtude dos ataques dos soldados portugueses contra o convento onde ela atuava, o Convento da Lapa, localizado em Salvador, que até décadas atrás ainda era a capital do Brasil.
Sua história
Joana Angélica nasceu em 1761, e desde cedo ela se interessou pela vida religiosa, e embora naquela época {E talvez até os dias de hoje}, muitos pais torcem o nariz quando o filho resolve entrar na vida religiosa, já que geralmente é cheia de privações, e ainda mais antigamente, e ainda mais ainda sendo freira, os pais de Joana Angélica aceitaram a decisão da filha, e por volta dos vinte anos de idade, Joana Angélica entra para a vida religiosa e se torna freira.
Ela presencia a partir daí e nos próximos anos alguns acontecimentos históricos, como a Independência dos Estados Unidos, reconhecida em 1783, a Revolução Francesa em 1789, a Inconfidência Mineira, também em 1789 e a execução de Tiradentes. E mais além, ela presencia o início das Guerras Napoleônicas a partir de 1804.
Durante o início do século XIX a esta altura, Joana Angélica já havia sido promovida a várias funções, e nesse período ela era vigária. E alguns anos depois em meio as Guerras Napoleônicas, a família real portuguesa vem ao Brasil em 1808. Primeiro eles chegam na Bahia, e depois vão rumo ao Rio de Janeiro. Durante esse episódio acontece muitas mudanças políticas e geopolíticas no Brasil, como a elevação ao Brasil a categoria de Reino, onde nesse período o Brasil já tinha ganhado muita autonomia, até que...
Irrompe a Revolução do Porto
Em 1820 acontece em Portugal a Revolução do Porto, onde revolucionários portugueses tomam o poder e passa a controlar de fato o Reino de Portugal e exigem que toda a família real voltem a Portugal e querem rebaixar o Brasil ao status anterior a 1808. Porém é óbvio que no Brasil os brasileiros não aceitaram. O rei Dom João VI voltou a Portugal a contra gosto e o então príncipe Dom Pedro I ficou no Brasil do lado dos brasileiros.
E então a partir do início de 1822 começa aso poucos o processo de independência do Brasil, onde em 9 de janeiro acontece o Dia do Fico, e depois em 20 de fevereiro em meio a revoltas na Bahia, tropas portuguesas e brasileiras travam combates, até que um dado momento as tropas portuguesa foram até o Convento da Lapa onde queriam entrar e averiguar se não tinham armas. E Joana Angélica impediu os soldados de entrarem no convento, e eles então a atacaram com golpes de baioneta, matando a freira que se tornou uma mártir da independência.
Meses depois, em 7 de setembro de 1822 o Brasil se tornou independente, e até os dias de hoje, Joana Angélica ainda é lembrada, mesmo que de forma mais discreta sua participação na independência do Brasil, junto de outras personalidades históricas também menos conhecidas, como Maria Felipa e Maria Quitéria.
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