Leandro (Esquerda) era campeão de lutas, e Henrique (Direita) era policial, mas também praticava lutas.
Recentemente aconteceu o julgamento do policial que matou um lutador em uma boate na cidade de São Paulo a três anos atrás. O crime na época chamou muita atenção, e três anos depois chamou muita atenção pelo seu polêmico julgamento, pois de um modo geral deu a entender que os dois agiram errado, tanto o policial quanto o lutador. E explicaremos aqui de um modo resumido e completo esse caso todo.
O crime
Tudo começou na noite de 6 de agosto de 2022, quando o lutador Leandro Lo e seus amigos também lutadores foram para uma boate conhecida como Clube Sírio, na zona sul de São Paulo. Na verdade o local é um clube onde as vezes é alugado para festas, o que aconteceu nesse dia. O policial, identificado como Henrique Velozo estava também nessa festa e em dado momento houve um desentendimento entre ele e Leandro Lo. Leandro Lo no meio disso acabou dando um golpe de luta em Henrique, que embora também sabia lutar, acabou perdendo a briga para Leandro, já que Leandro era campeão várias vezes de luta. Pouco tempo depois, Henrique se afasta e volta com uma arma e dá um único tiro em Leandro e ainda o chuta e depois vai embora da boate e vai até um bordel conhecido como Bahamas, que fica ali perto e chega a passar a noite toda com uma garota de programa, indo se entregar a polícia somente no dia seguinte. Muitos entenderam isso como um jeito de escapar do flagrante. Leandro foi socorrido, mas infelizmente acabou falecendo naquelas primeiras horas de 7 de agosto de 2022, aos 33 anos de idade. Sua morte causou muita comoção, pois ele tinha muitos fãs e admiradores, além também de ser conhecido até mesmo de alguns artistas. O policial Henrique Velozo, de 30 anos na época foi preso e ficou preso até o julgamento, que aconteceu semana passada, tendo passado três anos preso.
Agora iremos falar a versão dos dois lados, e primeiro a versão da defesa de Leandro Lo
A princípio segundo a defesa de Leandro Lo, o policial Henrique Velozo em dado momento aparece na mesa onde Leandro e seus amigos estavam e pega uma garrafa de bebida e fica provocando, até que o policial é avisado para parar, mas não respeita e Leandro acaba dando um golpe em Henrique e depois pede apenas para ele parar e sair dali de perto. Henrique então anda alguns metros para trás, depois saca a arma e atira em Leandro, e logo em seguida ainda chuta o corpo de Leandro. Alguns dizem que Henrique chutou a cabeça de Leandro, mas nas imagens de segurança não dá pra ver, mas de fato dá pra ver que Henrique chuta alguma coisa, que provavelmente era o corpo de Leandro. Após isso, Henrique sai e vai para um bordel onde passa a noite toda com uma garota de programa, indo se apresentar a polícia apenas no dia seguinte. Além disso testemunhas também relataram que Leandro e Henrique já se conheciam de outra balada e quando Leandro viu Henrique até chegou a comentar com os amigos sobre Henrique.
Agora a versão da defesa de Henrique
Segundo a defesa de Henrique, tudo na verdade começou quando em outra balada havia dado uma confusão entre Leandro e outras pessoas e Henrique então apareceu para apaziguar a situação falando que era policial, e que depois disso meio que ficou "marcado" por Leandro e seus amigos. Até que por fim no fatídico dia da morte de Leandro, lá na boate, pouco antes da tragédia acontecer, Henrique estava passando e foi abordado pelos amigos de Leandro o questionando se ele era aquele policial daquela outra festa e etc., momento esse que segundo Henrique, Leandro o avançou com um golpe conhecido como "baiana", onde a vítima e derrubada pelas pernas. Henrique foi derrubado no chão por Leandro que logo em seguida aplicou um golpe em Henrique, o deixando inconsciente por alguns minutos, até que logo após acordar, segundo Henrique, o Leandro veio de novo para avançar nele, e foi nesse momento que segundo ele, viu que o lutador não iria parar, além também de está cercado de outros lutadores, acabou sacando a arma e atirando em Leandro. Segundo Henrique ele apenas protegeu sua vida.
Por fim, Leandro acabou morrendo e Henrique foi preso, permanecendo preso por três anos, até seu julgamento, que aconteceu em novembro de 2025, onde ele foi absolvido por legítima defesa. O júri foi composto por 7 pessoas, das quais 4 pessoas votaram por sua absolvição, e 3 pessoas votaram pela sua condenação. A absolvição do policial não agradou muita gente que ficaram inconformados e consideraram isso uma injustiça.
Houve também reflexões sobre a conscientização de lutadores e policiais armados que frequentam baladas, alertando sobre os perigos de uma confusão envolvendo essas características, já que infelizmente houveram muitos casos de lutadores que brigaram em baladas e também policiais de folga que foram armados em baladas.

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