Sempre gostei de História, desde os meus 14 anos, e foi justamente nessa época, lá nos idos de 2007 que conheci pela primeira vez através dos livros de História da escola que gostava muito de ler, a história de certos acontecimentos políticos históricos, como a Revolução Russa e a Marcha sobre Roma, assunto esse que irei tratar aqui, e que de uma certa maneira teve um impacto na Segunda Guerra Mundial e manchou de sangue a monarquia italiana.
Primeiro que em fins da Primeira Guerra Mundial, principalmente a partir do ano de 1919 a Europa passa por grandes problemas, sejam financeiros ou políticos, e com a Itália não foi diferente. O país embora teve alguns pequenos ganhos territoriais com a guerra lutando ao lado da Tríplice Entente passou a enfrentar uma crise política e muito devido ao medo do comunismo, que acabara de se instalar na Rússia havia dois anos.
Nesta época a Itália era uma monarquia constitucional, ou seja... Tinha um rei e um primeiro ministro, que era o chefe de governo {Que é como se fosse o CEO do país}. E um líder político surge nessa época, chamado Benito Mussolini, líder do então Partido Fascista e que se dizia ser uma boa alternativa contra o Comunismo e o Capitalismo Liberal {Desde essa época já existiam os salvadores da pátria, hahaha}. E foi no dia 28 de outubro de 1922 que Mussolini e um monte de militantes de sua organização onde todos estavam de camisas pretas fizeram uma longa marcha sobre Roma, a capital do país. Era quase que digamos que um protesto pacífico, pois praticamente não houve confrontos armados, apenas intimidação. E intimidado o então primeiro ministro do país se demitiu e o rei Vítor Emanuel III nomeou Mussolini como o novo primeiro ministro da Itália. Começava aí a ditadura de Mussolini, que anos depois influenciou Hitler na Alemanha e que inclusive os dois fizeram uma aliança.
Como foi o governo de Mussolini?
Durante os 21 anos que esteve no poder, Mussolini conseguiu resolver muita coisa na Itália, porém de forma ditatorial. Inclusive há uma famosa frase associada a ele que diz: "Tudo para o Estado, nada fora do Estado e tudo dentro do Estado". Foi também em seu governo que foi criado oficialmente o Vaticano, pois desde que a cidade de Roma, que antes estava sob o domínio do papa caiu sob o domínio italiano em 1870, a Igreja havia cortado relações com o Reino da Itália. Porém em 1929 sob o comando de Mussolini essa treta foi resolvida, onde foi definido que uma área de 440 mil metros quadrados em volta da sede da Igreja seria um Estado independente sem nenhum vínculo político com a Itália, fazendo do Vaticano desde então o menor país do mundo.
Anos depois já em meados dos anos 30, Mussolini se aliou a Hitler e em 1940 logo quando começou a Segunda Guerra Mundial ele declara guerra a França e a Inglaterra. Os anos se passam e em 1943 a Itália se rende perante os Aliados {Aliança formada pelos Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética} e Mussolini é preso, onde pouco depois consegue fugir da prisão com ajuda dos nazistas e funda um outro país no norte da Itália, chamado República Social Italiana, conhecida também como "República de Saló", um Estado fantoche dos nazistas.
Mas Mussolini acabou sendo capturado e executado por membros da resistência italiana em 28 de abril de 1945. Apenas um ano depois através de um plebiscito bem apertado o povo italiano decidiu se o país continuaria sendo uma monarquia ou uma república em junho de 1946, 51% dos italianos decidiram pela proclamação da república. O país passa a se chamar oficialmente República Italiana e a família real italiana vai para o exílio após terem manchado a monarquia italiana devido ao fato de Mussolini ter se aliado a Hitler. Nesta época o último rei da Itália se chamava Umberto II e havia se tornado rei em maio de 1946 após a renúncia de seu pai, Vítor Emanuel III em virtude do desgaste da aliança da Itália com a Alemanha nazista, talvez com o objetivo de preservar a imagem da monarquia do país, mas não teve jeito. Vítor Emanuel III faleceu em 1947 e Umberto II faleceu em 1982, e se não me engano ambos estavam em exílio no Egito e em 2017 descendentes da família real italiana queriam trazer os restos mortais deles para a Itália, mas houve protestos de judeus italianos devido a passividade do rei Vítor Emanuel III em deixar Mussolini por tanto tempo no poder e se aliar a Hitler.
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