Que muitos chefes, líderes entre tudo quanto é tipo de lideranças tem um apego ao poder isso é fato. Mas e quando aqueles que estão prestes a perder o poder, e mesmo sabendo ainda continua com teimosia? É medo das consequências do que vem depois? Um ato de resistência até o último suspiro? Ou o poder realmente subiu a cabeça?
Neste caso me refiro a um caso que conhece sobre o antigo presidente Washington Luiz, que foi presidente do Brasil entre os anos de 1926 até 1930 e é o último presidente do Brasil do período conhecido como "República Velha", ou "República do Café com Leite", que durou de 1894 até 1930, quando houve a deposição do presidente Washington Luiz e consequentemente sua prisão.
Os primórdios
Após o golpe militar que depôs a monarquia e implantou a República, o Brasil viveu um curto regime militar com dois presidentes do ramo: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Em 1894 acontece as primeiras eleições com participação do povo e o primeiro presidente eleito foi Prudente de Morais, e também foi o primeiro presidente civil {Que não era militar}.
Esse período conhecido também como "República do Café com Leite" era porque a Presidência da República tinha forte influência das elites agrárias de São Paulo e Minas Gerais. Ou seja: Como a economia do Brasil na época era predominantemente rural a grande elite da época era do ramo agrário, em especial produtores de café que em sua maioria eram de São Paulo e produtores de leite que em sua maioria eram de Minas Gerais. Daí por isso os presidentes eram paulistas ou mineiros, e quando não eram nem mineiros ou paulistas eles eram de influência de uma dessas duas elites.
A Revolução
Em fins de 1930 havia uma tensão muito grande na política nacional e um jovem militar e formado em direito aparecia na área o nome dele: Getúlio Vargas. Iniciou-se então um movimento que era apoiado mineiros e gaúchos e foram em marcha até a capital {O Rio de Janeiro na época}. Chegando lá o palácio presidencial foi cercado. Foi então ordenado que o presidente Washington Luiz renunciasse, e naquela ocasião faltava apenas 1 mês para o fim de seu mandato.
Teimoso, o presidente se recusava a renunciar. A situação não estava ficando legal, até que finalmente então cardeal Dom Sebastião Leme, arcebispo do Rio de Janeiro na época finalmente convenceu o presidente a sair do palácio. O presidente saiu, e foi acompanhado com Dom Sebastião dentro do carro e conduzido até o Forte de Copacabana, onde ficou preso por 1 mês até partir para o exílio.
Não sei o que se passava na cabeça do presidente, mas o fato é de que o poder se não souber ser usado adequadamente pode prejudicar a própria pessoa ou até mesmo outras pessoas.
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