Etiópia é um dos países mais antigos da África.
A Etiópia é um país africano um tanto quanto diferente, pois quando se trata de História, a sua história se destaca perante os outros países africanos {Exceto o Egito}. Isso porque a Etiópia tem uma das civilizações mais antigas do mundo, juntamente com o Egito, que fica bem próximo de sua localização.
Mas um fato que realmente chama a atenção na história da Etiópia é que ele foi um dos poucos países que resistiu a colonização das potências europeias, lá no século XIX. E em se tratando da África, a Etiópia e Libéria foram os únicos países africanos que não foram colonizados, até mesmo o Egito foi de arrasta nas mãos dos colonizadores, primeiro pelos turcos, que o conquistaram em 1517, e depois os britânicos, que o conquistaram das mãos dos turcos em 1882, devido ao Canal de Suez, um importante canal localizado no Egito e que fez a ligação direta entre o Mar Mediterrâneo {O mar que banha a Europa}, e o Mar Vermelho {O mar que liga ao Oceano Pacífico, onde ficavam as principais colônias do Império Britânico}.
Mas a Etiópia ainda se destaca mais do que a Libéria, porque a Libéria foi fundada apenas em 1847, pelos Estados Unidos, com o objetivo de devolver muitos africanos que haviam sido escravizados nos Estados Unidos, para a África. Sendo assim a Etiópia que tem um passado bem mais antigo do que a Libéria, meio que foi o único país africano que permaneceu independente a resistiu a colonização.
Um pouco da História da Etiópia
Como disse antes, a civilização da Etiópia é bem antiga, porém vou falar mais aqui sobre o Estado
etíope. A Etiópia, como um Estado moderno, foi fundada por volta do ano de 1237 e durante um bom tempo teve várias capitais. Ela era conhecida como Abissínia ou Império Etíope, e a dinastia que comandava o país era conhecida como Dinastia Salomônica, pois eles alegam serem descendentes do rei Salomão e da rainha de Sabá, isso porque a Etiópia é um país cristão, e a Igreja predominante no país é a Igreja Ortodoxa Copta, um pouco parecida com a Igreja Católica.
Como disse antes, o país teve várias capitais ao longo do tempo, mas na década de 1860 a cidade de Adis Abeba se estabeleceu como a capital definitiva do país, até os dias de hoje. Além disso nessa época também, fim do século XIX, principalmente após a Conferência de Berlim, realizada em 1885, onde as potências europeias repartiram a África entre si, a Etiópia permaneceu independente, porém teve sua independência ameaçada em 1896, quando a Itália que já havia ganhado alguns territórios na África como colônias, ficou de olho na Etiópia, e então tentou invadir o país.
A invasão italiana aconteceu em 1896, numa guerra que ficou conhecida como "Guerra Ítalo-Etíope". Porém a guerra durou pouco e culminou na vitória da Etiópia sobre a Itália, onde soldados do exército etíope chegaram até mesmo a usar leões treinados no confronto com os italianos. A vitória etíope sob os italianos impressionou o mundo, pois era a primeira vez que um país europeu sofria uma derrota para um país africano até então, e ainda mais no auge do Imperialismo, onde países europeus como: Inglaterra, França, Alemanha, entre outros dominava porções enormes de terras na África.
O século XX
A Etiópia entra no século XX já com sua independência e respeito consolidados e segue assim durante anos. Até que nos anos 30, a Itália sob o comando do Fascismo liderado pelo ditador Benito Mussolini, resolve "vingar" a derrota sofrida em 1896,e então em 1936 usando armas químicas, o que já era proibido naquela época, a Itália comandada pelos fascistas invadem e dessa vez conseguem conquistar a Etiópia. A Etiópia então foi incorporada a outros territórios italianos na África, como a Eritréia, Somália e Líbia, e passou a ser chamada de África Oriental Italiana. O imperador da Etiópia Haile Selassiê fez um longo discurso na Liga das Nações {Antecessora da ONU}, alertando sobre aquilo ali, mas não deu em nada e o imperador e sua corte abaram indo para o exílio.
Poucos anos depois, veio a Segunda Guerra Mundial, a Itália, que se aliou a Alemanha Nazista assim como a própria Alemanha Nazista se renderam no fim da guerra como todos já sabem, e a Etiópia voltou a ser independente de novo, tendo Haile Selassiê voltado para o seu trono comandando o país por mais algumas décadas.
Fim da monarquia e dias atuais
Após o fim da Segunda Guerra Mundial iniciou-se um movimento para a independência dos diversos países africanos e asiáticos que ainda eram colônias das potências europeias. Ate aí tudo bem, porém os Estados Unidos e a União Soviética, que eram rivais, estavam disputando a influência nesses novos países que estavam surgindo. E a Etiópia embora de nova não tinha nada, pois já era um país bem antigo, não ficou de fora disso, até que em 1974 um general chamado Mengistu Haile Marian deu um golpe de estado na monarquia etíope e implantou uma república marxista-leninista com o apoio da União Soviética. O imperador Haile Selassiê ficou em prisão domiciliar, vindo a falecer pouco tempo depois, aos 83 anos de idade.
A Etiópia virou um país com influência socialista e nos próximos anos o país mergulhou numa enorme pobreza, tanto é que a Etiópia acabou se tornando um dos países mais pobres do mundo. Por fim o regime acabou no começo dos anos 90, e hoje a Etiópia possui uma economia crescente na África, sedia algumas organizações e é um dos países mais importantes da África atualmente.
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